quarta-feira, 6 de novembro de 2013

As receitas que temos são insuficientes para cobrir os valores mensais do pagamento(ministro de finança)

Gino Mendes, Ministro das Finanças do Governo de transição da Guiné-Bissau
Bissau (PNN, 5 de Novembro de 2013)  -   O Ministro das Finanças do Governo de transição, Gino Mendes, avisou que nem os dois recentes vencedores do Prémio Nobel da Economia nos EUA podem salvar a actual situação económica da Guiné-Bissau.
Gino Mendes fez este aviso numa entrevista exclusiva à PNN, quando fazia o ponto da situação do país e sobre o atraso que se verifica no pagamento dos salários aos funcionários públicos.
O governante justificou a fraca situação económica do país através da baixa actividade industrial e comercial, que estão paradas e com falta de poder de compra.
«Se não temos poder de compra não podemos pensar no aumento de impostos, o que se faz sobre um valor acrescentado, portanto o imposto que existe é aquele que é possível fazer a cobrança», disse Gino Mendes.
Por outro lado, o governante reconheceu a existência de algumas situações de fraude fiscal, que aos poucos estão a ser combatidas pela sua instituição, tendo sublinhado que em nenhum momento a Guiné-Bissau viveu sem apoio orçamental para o pagamento dos salários e outras despesas públicas.
«Há seis meses que não há apoios orçamentais, estamos todos com atenção e foram pedidos apoios para as eleições gerais. Sem apoio estamos com dificuldades», disse Gino Mendes.
Como solução para esta realidade, o ministro indicou cortes nas despesas ou o aumento das receitas através de novos impostos. Contudo sublinhou que esta última medida não será possível com uma economia disfuncional.
«É uma situação que vai continuar a durar enquanto a Guiné-Bissau continuar sem voltar à normalidade institucional», informou o ministro das Finanças do Governo de Transição.
Como consequência imediata, Gino Mendes disse que os funcionários públicos vão continuar nesta situação de salários em atraso, mas desmentiu o desvio de fundos, como se pensa em alguns círculos do país.
«As receitas que temos são insuficientes para cobrir os valores mensais do pagamento dos salários», disse o governante, acrescentando que esta situação é do conhecimento de todos os responsáveis máximos de transição, desde Manuel Serifo Nhamadjo a Rui Duarte Barros.
«Todos os responsáveis deste país têm conhecimento desta situação» referiu, concluindo que o fim de toda esta conjuntura passa pelo apoio orçamental por parte da comunidade internacional e pela corte de várias outras despesas públicas.
Sobre esta matéria, fonte do Ministério das Finanças avançou à PNN que uma quantia de 4 mil milhões de FCFA seria o valor suficiente para a cobertura dos três meses de salários aos

Nenhum comentário:

Postar um comentário