quarta-feira, 6 de novembro de 2013

espacamento(Guine-Bissau)

Orlando Mendes Viegas, ministro dos Transportes e das Telecomunicações do Governo de Transição da Guiné-Bissau
Bissau (GBissau.com, 6 de Novembro de 2013) – O ministro dos Transportes e das Telecomunicações do Governo de Transição da Guiné-Bissau, Orlando Mendes Viegas, foi espancado na terça-feira à noite, na sua residência em Bissau.
De acordo com fontes familiares, Orlando Viegas foi ferido durante o incidente e passou a noite nas instalações da sede das Nações Unidas em Bissau, depois de ter sido atendido no Hospital Nacional Simão Mendes.
Até esta manha, quarta-feira, não se sabe a natureza das feridas sofridas pelo governante guineense e pouco menos a gravidade do seu estado de saúde. Mas, ainda durante esta manhã, o governante guineense estava a receber cuidados médicos na clínica do PNUD, em Bissau.
Em Bissau ainda não há informações oficiais sobre o motivo de mais um espancamento de uma figura pública guineense. Orlando Mendes Viegas é também um dos vice-presidentes da segunda formação política do país, o Partido da Renovação Social (PRS).
Orlando Mendes Viegas, um dos três ministros de Estado do actual governo guineense, tem estado no centro de várias polémicas. A última tem a ver com as acusações do Sindicato de base dos trabalhadores da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) sobre a possibilidade da privatização do sector portuário.
Esta suposta intenção de privatização foi revelada na semana passada pelo Presidente da APGB durante uma conferência de imprensa. Hélder Gomes teria feito uma alusão sobre um despacho do ministro, concedendo alegadamente o porto comercial de Bissau à uma empresa estrangeira, cujo nome não foi revelado.
Durante o encontro com os jornalistas nessa altura, a APGB exortava o governo de Transição no sentido de tomar medidas necessárias para a suspensão do referido despacho, que, entretanto, ainda não é do conhecimento público.
A empresa portuária guineense é considerada uma das maiores fontes de rendimento da Guiné-Bissau e, por isso, um motivo de muitas querelas políticas, administrativas e financeiras. Os portos da Guiné-Bissau tinham sido privatizados antes do conflito político-militar de 1998 e por algum tempo estiveram sob à administração da GUIPOR, mas o referido acordo de gestão teria sido anulado nos anos que se seguiram.

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