terça-feira, 5 de novembro de 2013

Carlos Gomes Júnior exige expliçao por parte de direcção do PAIGC

Carlos Gomes Jr. anuncia o regresso à Guiné-Bissau
O político guineense afirma numa entrevista exclusiva que a direção do partido o tem vindo a ignorar. A direção do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) está a marginalizar o seu líder e a tomar decisões à sua revelia. A denúncia é feita pelo próprio Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC desde 2002, no âmbito dos preparativos do oitavo congresso ordinário do partido, que já foi adiado por seis vezes.
“Isso foi objeto de uma carta que enderecei ao último comité central a dar conta de certos atropelos que foram feitos sem o meu conhecimento”, conta Gomes Júnior. “Os estatutos do partido são claros e dizem que, na sua ausência, o presidente é substituído por um dos vice-presidentes saídos do congresso. Toda a ação que esse vice-presidente tiver que levar a cabo tem de ser com o conhecimento do presidente do partido. E tem de ter um mandato expresso para esse fim, o que não tem acontecido.”
O conflito armado de 1998 e 1999 dividiu o PAIGC, então na oposição. “Cadogo”, como também é conhecido, assumiu a liderança em “momentos muito difíceis”. Diz que contribuiu com outros dirigentes para unir os militantes e repor o partido no xadrez político guineense. Por isso, lamenta o facto de o congresso, adiado para novembro, estar a ser preparado sem o seu devido conhecimento.
“Penso que, num partido responsável como o PAIGC, os seus militantes deveriam, em primeiro lugar, aguardar os relatórios do presidente do partido. Deviam estar unidos e exigir o regresso do presidente”, diz o político guineense. 

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